E se você soubesse que um colapso social e ecológico mais amplo é inevitável no horizonte?

E se em 10 a 20 anos (ou menos) muito do que nos é familiar não seja mais viável?

Como responderíamos hoje a partir de um espaço de sobriedade emocional, maturidade relacional e responsabilidade intergeracional?

Precisamos urgentemente abrir espaços seguros para olhar de frente para essas questões complexas, reconhecendo nossas cumplicidades. Só assim poderemos vislumbrar possibilidades de sair da inércia e participar ativamente deste processo de transição, deixando decompor o que precisa simbolicamente morrer, para que modos de viver mais alinhados com a vida possam germinar.

Temos um convite bem direto (e empolgante!) para você: vamos ler o livro Ativismo Delicado juntos?

Em conjunto com os autores Allan Kaplan e Sue Davidoff, a Escola Schumacher Brasil promoveu a tradução e atualização do emblemático texto Ativismo Delicado: Uma abordagem radical para mudanças, originalmente lançado 10 anos atrás. Temos uma preciosa oportunidade de ir ao encontro desta nova versão revisada do texto original e que também ganha agora uma segunda parte elaborada pelos autores.

“O fato é que a observação genuína, em que realmente se presta atenção a um fenômeno, sempre revela coisas que não havíamos visto ainda ou compreendido antes, independente de quanto contato já tivemos com esse fenômeno até então.”

– Allan Kaplan e Sue Davidoff

O que acontece quando fazemos o esforço de conectar de forma sensível os seres urbanos que somos com a natureza que também somos?

Neste programa iremos investigar as possíveis (e necessárias) conexões entre natureza e espiritualidade, tendo os modos de vida indígenas como inspiração! A imersão em culturas e territórios indígenas nos proporcionará aprendizados que vão muito além do conhecimento racional. Aprendizados sutis, que reverberam do exemplo vivo daqueles que vivem na prática essa integração com a natureza, em seu cotidiano e em suas tradições. A partir dessas vivências investigaremos como, então, experimentar em nossas vidas cotidianas (e predominantemente urbanas) essa forma mais integral de estarmos vivos nesse planeta, integrando as dimensões espirituais e ecológicas de nossa existência. Os eventos do programa serão oferecidos de maneira separada, não sendo necessária a participação em todos.

É uma enorme alegria anfitriar uma imersão residencial com Craig e sua parceira Henrike Holdrege no Brasil.

Craig Holdrege, fundador do The Nature Institute, é grande inspiração para a Escola Schumacher Brasil com sua proposta de um pensamento vivo, que reflete a natureza do mundo, e permanece aberto às presenças genuínas que encontramos quando estamos dispostos.

A abordagem goetheana apresenta-nos o desafio e a oportunidade de ir além das abstrações estáticas e objetivas do pensamento contemporâneo para uma forma de conhecimento fluida, transformadora e holística. Esta transformação começa quando nos tornamos conscientes dos nossos hábitos de pensamento arraigados, trabalhamos para superar esses hábitos e começamos a desenvolver novas formas de ver e pensar.

Com a vontade de aprender com os fenômenos, podemos desenvolver o que Goethe chamou de “empirismo delicado”, que une o pensamento flexível com a observação cuidadosa. Então a natureza começa a se mostrar de maneiras novas e surpreendentes e ganhamos uma conexão mais profunda com ela.

Em tempos de crises e incertezas, lideranças em organizações são demandadas a responder a contextos cada vez mais imprevisíveis, com responsabilidades cada vez mais amplas, com os negócios, com a sociedade, e com o planeta!

Quais são, então, as habilidades que precisamos desenvolver, de dentro de nosso engajamento cotidiano como líderes nas organizações, a fim de melhor responder a contextos cada vez mais desafiadores?

É o que investigaremos juntos nesse workshop, aproveitando a presença ilustre de Patricia Shaw no Brasil! Mais do que oferecer soluções generalizantes, será um dia em que Patricia nos conduzirá na prática dessa capacidade de engajamento responsivo, tão fundamental à nossa atuação como líderes e facilitadores na atualidade.

O que acontece se nos comprometermos a praticar o Amor Radical diariamente até o final do ano?

Fomos todos tocados pelo livro “Amor Radical” e a visita de Satish Kumar ao Brasil, agora é o momento de sustentarmos o comprometimento em transformar toda essa inspiração em mudança concreta em nossas vidas!

Por que uma comunidade de prática?

Em comunidade, podemos sustentar coletivamente a motivação e o apoio necessários para perseverar nessa pratica. Além disso, em grupo, potencializamos nossa capacidade de reflexão e insight no diálogo entre a diversidade de nossas experiências.

A essência de uma Comunidade de Prática é essa sustentação coletiva de uma questão comum, a partir da qual investigamos respostas, reflexões e desdobramentos na prática pessoa.l

Um convite à pesquisa em ação!

Sustentando o Amor Radical: reflexão e continuidade após visita do Satish ao Brasil

Satish veio ao Brasil promover o amor radical, agora cabe a nós levá-lo adiante em nossas vidas!

Seja qual foi o evento que você teve oportunidade de acompanhar, saímos todos tocados por esse convite tão simples e profundo que Satish traz, de manifestarmos o amor em cada esfera de nossa vida. De colocarmos o amor em ação, em transformação da realidade, seja no ativismo, no empreendedorismo, ou em nossas atitudes cotidianas.

No programa, além de um espaço para reflexão coletiva, apresentaremos alguns caminhos de investigação que a Escola desenvolverá ao longo do ano, para sustentar esse enraizamento do amor radical em nossas vidas.

Como nos mover na direção de um fazer regenerativo estando em contextos nos quais ainda vigoram paradigmas que queremos transcender?

Se, por um lado, muitas ideias, modelos e teorias sobre empreendedorismo e sustentabilidade nos inspiram a imaginar e desenhar um futuro que responde às diversas crises atuais, por outro, fica evidente também a distância destes modelos da complexidade do dia a dia.

Esta busca por soluções prontas, controle e previsibilidade não é suficiente, e pode acabar nos distanciando do potencial criativo do não saber, uma capacidade indispensável para lideranças regenerativas num mundo incerto e volátil como o nosso.

Propomos com esta imersão o cultivo de um olhar que nos ajude a ir além de uma visão mecânica e automatizada, e que nos permita entrar em contato com os processos vivos que nos formam. Praticaremos uma maneira mais orgânica e menos mecânica de perceber o mundo e nossos negócios.

O que acontece se nos comprometermos a praticar o Amor Radical diariamente até o final do ano?

No livro Amor radical Satish Kumar nos faz diversos convites que fazem nosso coração acelerar e os olhos brilharem! Sabe aqueles trechos que sublinhamos na leitura? Queremos saber quais convites do Satish mais te tocam, e criar um espaço ativo para colocá-los em prática.

Queremos acompanhar o seu processo de compromisso com o Amor Radical! Pois esse ativismo que parte de uma ação amorosa no mundo, independente da nossa profissão ou ocupação, muitas vezes vai contra a corrente do que é habitual.

Por isso, criamos este Ciclo de Aprofundamento para nos apoiarmos mutuamente no caminho do amor como prática de transformação pessoal, econômica, social e ambiental.

Vivemos num mundo regido por estratégias, metas, resultados.

Embora os líderes de organizações sejam movidos pela necessidade de controlar e prever resultados, vivemos em um mundo dinâmico, em que a atenção às relações e processos pode trazer mais efetividade ao nosso agir do que o foco na previsibilidade dos resultados.

Como podemos nos tornar mais conscientes da relação entre processo e resultado?

Como podemos compreender e buscar uma relação mais participativa com o mundo?

O Ativismo Delicado nos convida a repensar a forma como entendemos e lideramos as organizações.

Como participar do mundo ativamente?

É com essa pergunta que inauguramos a agenda de cursos da Escola Schumacher Brasil para o ano.

2024 é também o ano em que comemoramos 10 anos de vida.

E como uma escola que se baseia em um Pensamento Vivo, entendemos que a melhor forma de celebrar é refletir coletivamente sobre as diversas crises que nos atravessam. Para isso, ao longo de 2024 teremos a visita presencial de professores que muito nos inspiram: Satish Kumar, Allan Kaplan e Sue Davidoff e Patricia Shaw.

Como forma de preparar a terra para um ano de investigações coletivas, convidamos nossos grandes parceiros a estarem com a gente também neste curso online.

Em nossas investigações sobre as diferentes formas de entender o que é natureza, que significados damos a ela em diferentes situações, percebemos um caminho que busca generalizar, colocar os seres mais que humanos englobados em uma única ideia, e por consequência uma única relação. Quando nos dedicamos a observar profundamente e começamos a ver a singularidade, o movimento sutil de cada um dos seres que compõem esse conjunto a que chamamos de natureza, percebemos as diferentes forças que o formam, que nos formam. Uma árvore é um ser, um fungo é um ser, uma floresta é um ser. Na experiência percebemos campos que, ao serem tocados, nos mostram aquilo de que somos feitos: corpo, alma e espírito.

Para nos aprofundarmos nesta temática, fizemos a mesma pergunta a alguns especialistas: Como você entende a relação entre corpo, alma e espírito?

Curadoria e condução por Rita Mendonça e convidados.