Conversa na rede de Ailton Krenak com Satish Kumar, uma parceria entre a Escola Schumacher Brasil e o Ciclo Selvagem.
Deidades evocadas desde lugares tão distantes como a Índia e o Brasil manifestam-se no bambuzal do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Feito uma catedral vegetal, a clareira de folhas recebe apenas dois bancos feitos por Anapuatã Mehinako. Ali sentados, Ailton e Satish falam sobre a vida e sua transmutação. A rede aqui é invisível, rizoma subterrâneo e teia espiritual por onde transitam as forças da destruição renovadora e do amor radical. Quem é Shiva? Quem é o beija-flor?
No quinto episódio da série “Conversa na Rede”, Ailton Krenak e Satish Kumar se encontram no bambuzal do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A conversa conta com a participação musical de Amora Pêra e com ilustrações de Aza feitas ao vivo durante a conversa entre Ailton e Satish.
AILTON KRENAK é pensador, ambientalista e uma importante voz dos movimentos indígenas. Criou, juntamente com a Dantes Editora, o Selvagem, ciclo de estudos sobre a vida. Vive na aldeia Krenak, nas margens do rio Doce, em Minas Gerais. É autor de diversos livros, entre eles “Um rio um pássaro” (Dantes Editora), “Ideias para adiar o fim do mundo” e “Futuro Ancestral” (Companhia das Letras). Em 2022, foi eleito imortal pela Academia Brasileira de Letras.
SATISH KUMAR é ativista pela Paz e pelo meio ambiente. Nascido na Índia em 1936, foi monge jainista e seguiu Gandhi em campanhas pela reforma agrária na Índia. Aos vinte anos, iniciou uma longa peregrinação ao redor do mundo pela Paz. Foi um dos fundadores da Schumacher College, na Inglaterra, um centro internacional para estudos ecológicos, onde continua a atuar como professor visitante. Também ministra oficinas e palestras sobre ecologia e educação ao redor do mundo.
AMORA PÊRA escreve poemas, canções e produz sons para si, para outrem, para a cena. Canta, performa, é, também, pessoa de Teatro. Assim e por isso vive. Acumula colaborações com artistas de diversos campos e lançou, entre outros, os livros “Saudade de mim a gente” (cArtonerA cArAAtApA), “Quando a cavala deita”, (7Letras), e o disco solo “A dúpé - Nós agradecemos em Iorubá”. Em parceria com Guga Ferraz, publicou “BOTE”, pela Dantes Editora.
AZA faz pesquisas gráficas investigando sistemas vivos imaginários e interseções entre artes e ciências.
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