
Como uma escola que nasce no Brasil inspirada pelo legado da Schumacher College - primordialmente branco e europeu - a Escola Schumacher Brasil tem buscado promover diálogos com os saberes e professores de nossos territórios, a fim de decolonizar nossas formas de pensar e agir.
Após séculos de desigualdades estruturais e privilégios não questionados em nosso país, é fundamental olharmos de frente para os privilégios brancos que sustentam a desigualdade racial, não como um exercício de culpa, mas como um movimento necessário de tomada de consciência e ação pela transformação desta realidade



De 21.03 a 16.05
Encontros online
GRUPO DE LEITURA
O PACTO DA BRANQUITUDE
Livro de Cida Bento
Facilitação de Bia Tadema
"Há silêncio sobre o privilégio branco"
Cida Bento

Para quem é este programa?

Este grupo é um convite para pessoas que:
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Desejam desenvolver uma compreensão mais profunda sobre a branquitude, um pacto de cumplicidade não verbalizado entre pessoas brancas que visa manter seus privilégios.
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Buscam um espaço seguro e acolhedor para explorar questões sensíveis sobre privilégio e raça.
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Sentem a necessidade de examinar sua própria relação com o tema, independente de sua origem racial
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Estão dispostas a participar de um processo de aprendizagem que pode desestabilizar certezas e gerar desconfortos necessários para a transformação
Sobre o livro ‘O Pacto da Branquitude’
Diante de dezenas de recusas em processos seletivos, Cida Bento identificou um padrão: por mais qualificada que fosse, nunca era a escolhida para as vagas de trabalho. O mesmo ocorria com seus irmãos, que também tinham ensino superior completo. Por outro lado, pessoas brancas com currículos equivalentes - quando não inferiores - eram contratadas.
Em suas pesquisas, ela identificou um acordo não verbalizado de autopreservação que perpetua o poder de pessoas brancas - o “pacto narcísico da branquitude”. Este pacto não se revela apenas no ambiente de trabalho: é produto de um passado colonial e escravocrata, e uma das principais engrenagens do sistema capitalista.
Neste livro, Cida Bento reúne sua experiência profissional e pessoal para apresentar evidências desse acordo tácito e nos convida a deslocar nosso olhar para aqueles que, a fim de se manter no centro, impelem todos os outros à margem.


Os encontros acontecerão Online por Zoom.
Nas sextas-feiras, das 08h30 às 09h30.
Nas datas 21 e 28 de março, 4, 11 e 25 de abril, 2, 9 e 16 de maio.
O grupo de leituras será facilitado por Beatriz Tadema, educadora e diretora da Escola Schumacher Brasil.
As sessões serão gravadas e compartilhadas com os participantes semanalmente.
OBS: a turma será confirmada com um mínimo de 20 participantes, caso não haja essa quantidade até 19.mar, o início do programa poderá ser adiado.
Formato e datas
dos encontros

A leitura do “Pacto da Branquitude” nos convida a um território desafiador de autorreflexão e questionamento social. São temas que pedem escuta, diálogo e suporte mútuo. A pedagogia Schumacher, centrada na aprendizagem em comunidade - ajuda a sustentar este espaço, permitindo que as descobertas e inquietações encontrem ressonância no grupo e se transformem em mudanças concretas em nosso modo de ser e agir no mundo.
Por que ler em comunidade?
Como serão os encontros?
Faremos a leitura do livro ‘O pacto da branquitude’ coletivamente durante cada encontro, costurando momentos de pausa e reflexão coletiva.
Não é necessária leitura prévia, nem a posse do livro. Mesmo assim, recomendamos que os participantes tenham acesso ao livro para poderem aprofundar os estudos entre os encontros.

"É evidente que os brancos não promovem reuniões secretas às cinco da manhã para definir seus privilégios e excluir os negros. Mas é como se assim fosse.”
Cida Bento
Sobre a autora

CIDA BENTO
Cida Bento é psicóloga e ativista brasileira, diretora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), que atua na redução das desigualdades raciais e de gênero no ambiente de trabalho. Desde o seu doutoramento tem abordado a temática da branquitude, chamando atenção para as implicações individuais e coletivas, sobretudo de pessoas brancas privilegiadas em uma sociedade permeada pelas violências raciais. Em 2015 foi nomeada pela revista The Economist uma das 50 pessoas mais influentes do mundo no campo da diversidade.
Sobre a facilitadora

BEATRIZ TADEMA
Mestre em Economia para Transição pelo Schumacher College (Inglaterra), Beatriz trabalhou como facilitadora junto aos mestrados de Ciências Holísticas e Economia para Transição. Hoje a frente dos movimentos da Escola Schumacher Brasil, atua como facilitadora e consultora em organizações de diferentes formatos e contextos. Desde 2019, Beatriz integra a Schumacher Worldwide Research in Action Community, onde atua como pesquisadora.

Contribuição financeira
Somos uma associação sem fins lucrativos, e todas nossas atividades são sustentadas pela contribuição dos participantes nos cursos. Para este curso oferecemos quatro possibilidades de valor:
Contribuição mínima (R$200,00) Valor mínimo para participação, que nos permite cobrir os custos de realização do curso.
Contribuição suporte (R$280,00) Além de cobrir os custos de realização do curso, viabiliza a oferta de uma bolsa parcial.
Contribuição generosa (R$400,00) Além de cobrir os custos de realização do curso, viabiliza a oferta de uma bolsa integral.
Bolsa parcial (R$120,00): Se você não puder contribuir com o valor mínimo, poderá optar pela bolsa parcial, pagando apenas o valor acima. Há um número limitado de bolsas, portanto só escolha essa opção se realmente tiver essa necessidade. Para isso, escolha a opção de Contribuição Mínima, e aplique o cupom de desconto PARC089.
Se você precisar solicitar uma bolsa integral para participar, clique no botão a seguir e envie o formulário que consideraremos a possibilidade e daremos um retorno.