Grupo de Leitura: Descolonizando Afetos de Geni Núñez

Como praticar o amor numa sociedade marcada pela colonização?

Neste livro, Geni Núñez — psicóloga, pesquisadora e voz fundamental no pensamento decolonial latino-americano — partilha reflexões sobre o tema, tanto do ponto de vista histórico e macropolítico quanto em relação às nuances cotidianas e interpessoais.

A Escola Schumacher Brasil convida para um grupo de estudos do livro Descolonizando Afetos, da psicóloga e escritora Geni Núñez. Em oito encontros online de uma hora, leremos em conjunto, em voz alta, os capítulos do livro, permitindo que as palavras toquem o corpo e que as reflexões nasçam da escuta e da presença.

Geni nos convida a perceber que o colonialismo não se limita à política ou à economia — ele vive entranhado em nossos afetos, nas formas como amamos, nomeamos, desejamos e nos relacionamos. Seu trabalho desvela como as estruturas coloniais moldam a ideia de amor como posse, exclusividade, controle e produtividade — e como, ao descolonizar o afeto, podemos abrir caminho para existências mais livres, justas e inteiras.

Falar de amor, nesse contexto, é um exercício radical de descolonização. Um chamado a romper com os vínculos tóxicos entre afeto e opressão, entre romantismo e violência, entre linguagem e dominação. É também um convite a reencantar o mundo por outras vias: plurais, comunitárias e ancestrais.

Este grupo nasce do desejo de caminhar junto a vozes que reencantam o pensar e o sentir a partir dos saberes que vivem em nossos territórios, um gesto de escuta ativa aos saberes indígenas e de resistência às formas de pensar e sentir moldadas pela colonialidade.

Mais do que um grupo de leitura, esta é uma convocação amorosa a todes que desejam investigar, em companhia, as dimensões políticas, estruturais e coletivas dos afetos.

Venha com escuta, com coragem e com vontade de desorganizar-se — para que outras formas de vida possam florescer.

O que vamos fazer nos encontros?

✨ Ler juntos, refletindo sobre como essas ideias se conectam com nossas vidas;

✨ Questionar padrões de relacionamento que machucam e aprisionam;

✨ Aprender com saberes tradicionais que ensinam o amor como cuidado coletivo, não como posse.

Por que isso importa?

Porque descolonizar os afetos é:

🔹 Desaprender o amor como controle e começar a praticá-lo como liberdade;

🔹 Perceber como racismo, machismo e LGBTfobia também agem em nossos relacionamentos;

🔹 Criar novos caminhos — mais justos, livres e cheios de vida.

Não é "só" um grupo de leitura.

Será um espaço para:

• Olhar pra dentro: Como minhas formas de amar reproduzem opressão?

• Escutar outras vozes: O que povos originários e comunidades tradicionais têm a nos ensinar sobre afeto?

• Praticar mudanças: Como transformar meu jeito de me relacionar?

Traga seu coração, suas perguntas e sua vontade de transformação.

Juntos, talvez possamos descobrir que afetos podem curar, em vez de repetir dores.

Sobre a autora

Geni Núñez é ativista indígena Guarani, psicóloga e escritora. Tem doutorado no Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), mestrado em Psicologia Social (UFSC) e graduação em psicologia. É membro da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e assistente da Comissão Guarani Yvyrupa (CGY). 

Sobre a facilitadora

Mestre em Economia para Transição pelo Schumacher College (Inglaterra), Beatriz trabalhou como facilitadora junto aos mestrados de Ciências Holísticas e Economia para Transição. Hoje a frente dos movimentos da Escola Schumacher Brasil, atua como facilitadora e consultora em organizações de diferentes formatos e contextos. Desde 2019, Beatriz integra a Schumacher Worldwide Research in Action Community, onde atua como pesquisadora.

Data e horário dos encontros

Quintas-feiras, das 08h30 às 09h30

Datas: 26.Jun, 03, 10, 17, 24, 31.Jul, 07 e 14 de Ago

Online via Zoom.

Gravação disponibilizada aos inscritos após cada encontro.

Contribuição financeira

Somos uma associação sem fins lucrativos, e todas nossas atividades são sustentadas pela contribuição dos participantes nos cursos. Para este programa oferecemos quatro possibilidades de valor, apresentadas mais abaixo.

Se você precisar solicitar uma bolsa integral para participar, clique neste link e envie o formulário que consideraremos a possibilidade e daremos um retorno.

OBS: a turma será confirmada com um mínimo de 20 participantes, caso não haja essa quantidade até 23.jun, o início do programa poderá ser adiado.