“A sabedoria exige uma nova orientação da ciência e da tecnologia para o orgânico, o suave, o não-violento, o elegante e o belo.”

— E. F. Schumacher

Em celebração aos 50 anos do clássico da nova economia, “Small is Beautiful”, de E.F. Schumacher, a Escola Schumacher Brasil, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Regenerativo, aproveita a oportunidade para convidar a um aprofundamento em sua leitura, em diálogo com o contexto atual e local.

O fluxo de trabalho é variável, respondendo às necessidades emergentes, mas considera uma estrutura geral que conta com:

• Leitura de capítulos do livro

• Envolvimento com outros materiais (artigos, ensaios, vídeos, iniciativas)

• Prática de escrita reflexiva e outras práticas singelas

• Diálogo com o grupo todo e em grupos menores

Teremos também uma sessão bônus especial com Satish Kumar, o fundador do Schumacher College (Inglaterra), que conviveu intimamente com Schumacher, e vai compartilhar conosco sua inspiração duradoura (e histórias de amizade!).

Experiência Schumacher Brasil: Introdução ao Pensamento Vivo

Dando início às atividades de 2023, convidamos você a participar de uma semana para conhecer as bases da nossa visão de mundo. A ‘Experiência Schumacher Brasil: Introdução ao Pensamento Vivo’ será uma oportunidade de vivenciar a filosofia e práticas da Escola Schumacher Brasil com nossos professores, grandes referências no Brasil e na Inglaterra. O curso é voltado para pessoas que desejam explorar novas formas de ser, agir e fazer a diferença perante as diversas crises que atravessam nossos tempos.

Juntos, conheceremos mais sobre Economia Regenerativa, Teoria de Gaia, Ecologia Profunda, Prática Reflexiva e Fenomenologia Goetheana; em conversas conduzidas por professoras e professores da Escola Schumacher Brasil e do Schumacher College (Inglaterra), pessoas que inspiram o nosso trabalho e colocam em prática o pensamento vivo nas suas vidas e pesquisas.

O Pensamento Vivo consiste em um pensamento mais participativo com o qual desenvolvemos a nossa capacidade de perceber, pensar e agir em sintonia com o mundo. Craig Holdrege, que nos inspira com esta ideia, diz: “Quero mostrar que é possível superar o pensamento-objeto e desenvolver o que eu chamo de pensamento vivo. O pensamento vivo é uma maneira participativa de se conhecer o que transcende as dicotomias homem-natureza, sujeito-objeto, ou mente-matéria, tão arraigadas na mente Ocidental e base do pensamento-objeto.”

Quando olhamos para uma paisagem, seja ela urbana ou agrícola, para a Natureza, para uma construção, a elaboração de uma refeição – o que somos capazes de observar? Qual é a qualidade de nossa relação, percepção, e participação com o vir a ser do Mundo?

Quais seriam práticas e caminhos possíveis para superar e sanar esta alienação da Natureza e seus processos?

Como é possível reconhecer, nutrir, e cultivar nossa relação com os 4 Elementos – na educação, na agricultura, na arquitetura, na cozinha, na medicina e em todas as esferas das atividades humanas?

Poderiam outras formas de pensar e falar sobre a terra, em vez de promover a alienação e a destruição, gerar uma maneira contextual de ver que promovam ações responsáveis e conscientes?

Essas perguntas serão trabalhadas em uma vivência voltada para todos que se interessam pelo ser humano, pela cultura e pela natureza a partir de uma abordagem fenomenológica Goetheana.

Trabalharemos, e também brincaremos, diretamente com os 4 Elementos (Fogo, Ar, Água e Terra). A partir deste trabalho, também se ilustrará as bases da Ciência Goetheana e o seu potencial de renovação não só da Ciência, mas do âmbito cultural como um todo.

A vivência será conduzida por Bruno Follador e facilitada por Beatriz Tadema, da Escola Schumacher Brasil.

Nosso olhar, treinado por uma visão de mundo reducionista e mecanicista – base de todo o sistema escolar e, portanto, de nossa cultura – vê as coisas como estáticas, definitivas. Nada mais irreal, seja para o mundo natural seja para todos os artefatos que fabricamos. Tudo, de verdade, está em permanente interação e transformação.

Para ir além do que percebemos corriqueiramente, propomos com esse curso um treinamento do olhar, para que se possa ir além da observação generalizada sobre os seres que nos cercam e entrar em contato com o processo vivo que (n)os formam.

O que podemos aprender com as plantas? Talvez a pergunta seja: COMO aprender com as plantas? Com menos certeza e mais abertura para a investigação, poderemos juntos explorar de forma gradativa, os aprendizados que emergem de uma interação cuidadosa e interessada com esses seres tão extraordinários que nos rodeiam.

Se desejamos um mundo mais equilibrado para viver, que considere toda a dinâmica do planeta da qual fazemos parte, precisamos cada vez mais aprimorar a nossa prática, o nosso olhar, a nossa percepção, transformar a nossa mente para participar conscientemente do processo vivo que nos forma.

O curso será conduzido por Rita Mendonça e facilitado por Beatriz Tadema.

A vida nas organizações é cheia de momentos inesperadamente desafiadores. Momentos que permeiam os mais variados contextos organizacionais: as multinacionais, as startups, os pequenos empreendimentos regenerativos, os negócios sociais, as ONGs.

São cenas e momentos em que o dia a dia pode subitamente parecer ‘perigoso’ – cheio de riscos. Instantes que podem nos paralisar ou nos levar a comportamentos cheios de ansiedade, stress, pânico. Esta perda de espontaneidade em nossa capacidade de agir nesses momentos tem a ver com padrões de cultura e poder nas organizações, que podem acionar nossos instintos de proteção.

Nestes encontros vamos aprofundar a nossa compreensão destas cenas através da escrita reflexiva que parte de momentos significativos da nossa experiência. Ao explorar e compartilhar este material, pretendemos desenvolver nossa consciência, coragem e capacidade de resposta naquelas ocasiões em que normalmente ficaríamos em silêncio ou entraríamos no piloto automático. Trabalhando com esse material que aprenderemos a criar juntos, vamos cultivar coletivamente nossa capacidade de agir nos momentos que importam para nós.

O curso será conduzido por Bia Tadema.

Estão abertas as inscrições para a segunda turma da formação online Internacional “Goethe e a linguagem das Ciências Holísticas”, uma parceria da Escola Schumacher Brasil com o prof. Philip Franses, do Holistic Science Journal.

O curso incorpora a rica e esquecida história de pioneiros que imaginaram a humanidade como parte integrante da natureza. A partir de uma aprendizagem experiencial e envolvimento ativo com abordagens diversas, o curso provocará os participantes a exercitar uma visão holística coerente de diferentes aspectos da vida.

Em tempos de intolerância, polarização de discursos e opiniões cristalizadas, o legado de J.W. Goethe nos mostra um mundo que não é limitado a opostos. Uma perspectiva que nos permite responder às diversas crises de forma aberta e experimental.

O curso foi criado e será liderado pelo prof. Philip Franses (Inglaterra), facilitado por Beatriz Tadema da Escola Schumacher Brasil e Roland Playle (Japão-Inglaterra) e professores convidados (nacionais e internacionais).

Quem foi E. F. Schumacher, o economista que dá nome à Schumacher College e Escola Schumacher Brasil?

Te convidamos a conhecer o autor e ler um dos seus mais populares artigos que tornou-se capítulo em seu livro “Small is Beautiful”: Economia Budista é um texto leve e profundo, instigante e acessível. Escrito em 1966, é desconcertantemente atual. Merece ser degustado frase a frase, parágrafo por parágrafo, com calma. É isso que vamos fazer.

O texto surge da experiência que E.F. Schumacher teve em Burma (hoje Myanmar) como economista contratado para fazer uma avaliação da economia do país e propor formas deste desenvolver-se. Ao chegar lá e conhecer o povo ele se perguntava:

“(…)´Como podemos ajuda-los quando eles são bem mais felizes e pessoas melhores do que nós?´… Acho que há um trabalho aqui para mim… os persuadindo a não fazer várias coisas ao invés de dizer o que fazer… contanto que eles não caiam nessa ou naquela sugestão insensata dos ocidentais, eles ficarão bem seguindo sua própria natureza.”

A proposta dos encontros é costurar a leitura com reflexões do próprio Schumacher e outros autores, nosso complexo cenário nacional e internacional, além das próprias experiências e reflexões que tivermos a partir do que for lido.

Os encontros serão facilitados por Guilherme Lito.

‘Como podem as Ciências Holísticas nos ajudar a participar do mundo de forma consciente, ativa e espontânea?’

Em meio a um modo de vida que nos atropela com um senso de urgência, foco em resultados, e relações puramente funcionais, nosso convite com esta Comunidade de Prática é que possamos questionar coletivamente esta relação mecânica e automatizada que rege nossas vidas. Nossas trocas terão como base algumas das reflexões inspiradas pelas Ciências Holísticas, e ganharão vida a partir de nossas experiências pessoais e coletivas de participação no mundo.

Sabemos que a Ciência Moderna nos trouxe enormes benefícios. Porém, as inúmeras crises globais que atravessam nossos corpos nos mostram que precisamos de uma abordagem que nos ajude a entender e nos relacionar com o mundo de forma radicalmente diferente.

As Ciências Holísticas surgem como alternativa ao modo dominante e contemporâneo de pensar, e nos convidam a explorar uma nova forma de estar em relação com o mundo, que vai muito além do campo da ciência. Uma maneira que privilegia a percepção delicada dos movimentos de vir-a-ser, e que nota e valoriza as percepções das qualidades e relações por meio de nossos sentidos e intuição; nos convidando a ir além do cultivo de nossas habilidades racionais e quantitativas que ditam o pensamento utilitário que temos hoje. Uma abordagem que nos retira da abstração, e nos traz de volta à experiência sensorial vivida.

A comunidade de prática será conduzida por Beatriz Tadema

Estamos muito felizes em abrir esta chamada para a nova Comunidade de prática: Empreendedorismo Regenerativo.

Desenhamos um percurso de 6 meses que será composto por um grupo de 25 pessoas engajadas em grandes ou pequenas organizações buscando uma atuação regenerativa.

Nosso convite nasce de conversas com pessoas vivendo na prática o desafio diário de sustentar uma atuação regenetiva em meio a tantas crises e maneiras de fazer negócio tão duramente estabelecidas em nossa cultura.

Teremos um ritmo de encontros regulares em quatro formatos diferentes:

• sessões temáticas: em que compartilharemos conteúdos que consideramos fundamentais no contexto de negócios que buscam regeneração,

• sessões com convidados: que irão compartilhar suas experiências pessoais,

• sessões para prática reflexiva: onde aprofundaremos no contexto dos participantes,

• sessões de trabalho em pequenos grupos: onde pessoas afins formarão uma rede e se encontrarão para trocar e explorar a partir de convites específicos.

Grupo de estudos do livro ‘Pensar como uma planta, uma Ciência Viva para a Vida’ (‘Thinking like a plant, a Living Science for Life’) de Craig Holdrege

Quem imaginaria que as plantas podem se tornar mestras professoras de uma maneira radical de ver e interagir com o mundo?

Quando desaceleramos, voltamos nossa atenção para as plantas, as estudamos cuidadosamente e internalizamos conscientemente a maneira como elas vivem, uma transformação se inicia. Nosso pensamento se torna mais fluido e dinâmico; percebemos mais sobre a maneira como estamos inseridos no mundo; tornamo-nos sensíveis e receptivos aos contextos que encontramos; e aprendemos a participar de um mundo em constante mudança. Essas são as qualidades que precisamos para desenvolver uma relação mais saudável e de suporte à vida com o mundo ao nosso redor.

Embora seja fácil falar sobre novos paradigmas e criticar o atual estado do mundo, não é tão fácil ir além do status quo. É por isso que precisamos buscar formas práticas para desenvolver uma maneira viva de interação com o mundo.

Nosso convite a este grupo de estudos nasce de uma vontade de tornar estes conteúdos e práticas mais acessíveis. Como parte do processo de preparação para os encontros iremos traduzir o livro “Thinking like a plant”, que será o nosso ponto de partida para o grupo.

Comunidade de prática: Educação em transformação

Com a intensificação das crises dos nossos tempos, cada vez mais pessoas têm buscado fazer a diferença através da educação. Não de qualquer educação, mas de uma educação em que as pessoas e o planeta importem, uma educação participativa, ecológica, que parte da experiência e da autonomia pessoal de tecer seus saberes em relação com os outros e com a natureza. Paulo Freire dizia que a educação não muda o mundo, muda as pessoas, e as pessoas mudam o mundo. Dizia também que as pessoas não educam as outras, mas educam-se umas com as outras. Esse aprendizado em comunidade está no coração da educação Schumacher, e de tantas outras abordagens pedagógicas que vêm surgindo a partir desse mesmo chamado.

Essa comunidade de prática nasce com o intuito de ser um espaço para dar início a essa pequena comunidade de educadores que estejam vivendo esse processo de transformação, da educação e de si mesmo, e que terão nesse grupo um espaço de estudo, de troca, de reflexão e, é claro, de afeto.

A comunidade será conduzida por Bia Tadema e Luiz Gabriel.

A convite do prof. Philip Franses do Holistic Science Journal, a Escola Schumacher Brasil irá anfitriar a formação internacional “Goethe e a linguagem das Ciências Holísticas”. Estamos muito felizes em abrir espaço para este programa online intensivo de um ano.

Em tempos de intolerância, polarização de discursos e opiniões cristalizadas, o legado de J.W. Goethe nos mostra um mundo que não é limitado a opostos. Uma perspectiva que nos permite responder à crise de forma aberta e experimental.

Aprendendo como cada detalhe faz parte do todo e como o todo, por sua vez, é reconhecido em cada detalhe, surge uma compreensão mais ampla e aprofundada. Esse entendimento pode então se ramificar em qualquer campo de interesse ou prática fazendo deste curso um potente processo de transformação nos mais variados cenários e processos pessoais e profissionais.

As inscrições estão abertas para pessoas do mundo todo; e para os participantes brasileiros, a Escola Schumacher Brasil propõe levar estas conversas internacionais mais amplas para o nosso contexto brasileiro local, com e entre o grupo de brasileiros que formarão este curso. Em um momento de múltiplas crises e consciente das diversas respostas que permeiam nosso atual contexto local, além das sessões com o grupo internacional, os inscritos brasileiros participarão de sessões de mentoria coletiva.

O curso foi criado e será liderado pelo prof. Philip Franses (Inglaterra), facilitado por Beatriz Tadema e María Eugenia Salcedo da Escola Schumacher Brasil, com a participação de Roland Playle (Japão-Inglaterra) e professores convidados (nacionais e internacionais).