
O que acontece quando fazemos o esforço de conectar de forma sensível os seres urbanos que somos com a natureza que também somos?

Tanto as paredes quanto o concreto exercem influência sobre os nossos corpos e almas, tanto quanto as matas. O convívio, mesmo que curto com os seres mais que humanos, também nos informam(e quanto!) sobre o que somos, e sobre quem somos.
Cada um de nós é a própria integração desses mundos que nunca foram separados. A consciência da integralidade entre todas as coisas proporcionada pelas experiências com as matas nos conduzem a níveis cada vez mais sutis e abrangentes de percepção.
PERGUNTAS QUE NOS GUIARÃO:

Que leitura cada um faz da percepção desse corpo expandido que as matas nos ensinam a formar?
Que entidade é essa que nos une aos nossos ancestrais?
Que nome podemos dar a esse fluxo vivo que dá forma a todas as coisas?
De que forma diferentes povos originários nomeiam essa percepção?
O que faz cada pessoa sentir que está viva?
De que forma podemos viver de acordo com o sentido de estar vivo?

Entendemos que nossos povos originários preservam esse senso da integralidade do mundo em suas linguagens e em suas formas de viver.
Como moradoras da cidade de São Paulo, terra originária do povo Guarani, iniciamos um processo de aproximação com algumas lideranças em algumas aldeias do município. Eles vivem em algumas áreas sagradas, comprimidos por essa força urbana, violenta e voraz que os ameaça o tempo todo. Apesar disso preservam seus costumes e sua língua, mesmo convivendo e dialogando com uma cultura tão diferente da sua. O que pudemos aprender, o quanto eles puderam nos tocar em nossas visitas preparatórias é imenso.
Compreendemos nesta aproximação que eles estão abertos a receber visitas e desejam nos ensinar como viver de acordo com o sentido de estar vivo.
Em um movimento de reciprocidade, esperamos participar do fortalecimento de sua luta pelos direitos e proteção de suas terras e respeito por sua cultura.
Eles são a floresta que fala!

O Programa Ecologia como Espiritualidade é composto de:
_ 3 vivências presenciais no município de São Paulo e regiões próximas
_1 palestra online com Timóteo da Silva Verá Popygua, para nos introduzir à cultura Guarani
_ 6 encontros online de sustentação de reflexões, e troca material de apoio como complementação do percurso investigativo com videos e textos.
Para cada vivência teremos 1 encontro online de preparação e outro de elaboração, na semana seguinte.
No final do semestre os participantes serão estimulados a compartilhar uma reflexão (da forma que preferirem) que expresse seu envolvimento com o tema durante o percurso.
NOSSO CONVITE:

Cuidar da alma humana.
Colocar o coração no ritmo da terra.
Colocar a alma no fluxo das matas.
Desenvolver a sensibilidade.
Ter escuta sensível para os espíritos da floresta.

DATAS DOS ENCONTROS:
13 mar (quarta), das 9h00 às 20h30 | online
20 mar (quarta), das 9h00 às 20h30 | online - Palestra com Timóteo da Silva Verá Popygua
23 mar (sábado), das 9h00 às 15hs | Vivência na aldeia Tekoa Yvy Porã
27 mar (quarta), das 19h00 às 20h30 | online
03 abr (quarta), das 19h00 às 20h30 | online
24 abr (quarta), das 19h00 às 20h30 | online
29 mai (quarta), das 19h00 às 20h30 | online
01 jun (sábado), das 10h00 às 16hs | Vivência na aldeia Tekoa Kalipety
05 jun (quarta), das 19h00 às 20h30 | online
08 jun (sábado), das 9h00 às 15hs | Vivência na aldeia Itakupé
PROFESSOR CONVIDADO

TIMÓTEO VERA TUPÃ POPYGUÁ
Aula online
Liderança Guarani Mbya, aprendeu e pensou durante os caminhos que percorreu pela “Ka’a porã”, a Mata Atlântica’, junto ao seu povo. Seu livro “A terra uma só” reúne narrativas dos Guarani Mbya sobre a origem da terra, do ser humano, da linguagem e dos animais e plantas da Mata Atlântica contadas, pela primeira vez, por um Guarani Mbya, sem intermediário de um “juruá”, não indígena. Na obra, as narrativas históricas do povo se entrelaçam com dados autobiográficos da vida do autor.
ANFITRIÕES E PROFESSORES NOS TERRITÓRIOS INDÍGENAS

CACIQUE KARAI MÁRCIO VERÁ MIRIM
ALDEIA YVY PORÃ TI JARAGUÁ
Atuante na luta pela demarcação da Terra Indígena Jaraguá, conselheiro do museu das culturas Indígenas SP, conselheiro estadual dos povos indígenas de SP -cepisp,membro do GT PNGATI-Politica Nacional de Gestão Ambiental e Territórial Indígena. Guia Indígena Guarani,Palestrante sobre cultura e tradição do Povo Guarani.

JERÁ GUARANI
ALDEIA TEKOA KALIPETY
Jerá Guarani é Pedagoga pela Universidade de São Paulo (USP). Ela foi professora e diretora da Escola Estadual Indígena Gwyra Pepó. É agricultora e liderança Guarani Mbya da Terra Indígena Tenondé Porã, no extremo sul de São Paulo, onde também realiza projetos culturais e documentários.

TAMIKUÃ TXIHI
ALDEIA TEKOA ITAKUPE
Mulher indígena Pataxó , Integrante da comunidade Tekoa Itakupe, terra indígena Jaraguá, São Paulo. Liderança Indígena, artista , ceramista, escultora, poeta e guardiã da Mãe Terra e irmã Natureza. É parte do Feminismo Comunitário de Abya Yala Tecido Pindorama- Brasil, bacharel em Serviço Social. Acredita que as artes são instrumentos de luta e defesa dos corpos, territórios e conhecimento dos povos originários. São os novos arcos e flechas que vão lançar os sonhos da humanidade ao futuro.
PROFESSORAS

BEATRIZ TADEMA
Mestre em Economia para Transição pelo Schumacher College (Inglaterra), Beatriz trabalhou como facilitadora junto aos mestrados de Ciências Holísticas e Economia para Transição. Hoje a frente dos movimentos da Escola Schumacher Brasil, atua como facilitadora e consultora em organizações de diferentes formatos e contextos. Desde 2019, Beatriz integra a Schumacher Worldwide Research in Action Community, onde atua como pesquisadora.

RITA MENDONÇA
Educadora naturalista, dedica-se à facilitação da aprendizagem com a natureza. É co-fundadora do Instituto Romã, coordenadora no Brasil da Sharing Nature Worldwide, professora e membro do coletivo da Escola Schumacher Brasil e idealizadora e coordenadora do curso de pós graduação A Natureza que somos-filosofias e práticas para uma atuação genuína no mundo. É escritora tendo publicado diversos artigos e livros sobre filosofias e práticas da natureza.
PARA QUEM É ESTE CURSO:
Pessoas interessadas em investigar de forma genuína e profunda o sentido de suas práticas espirituais.
Pessoas interessadas em ampliar seu repertório em relação a espiritualidade em conexão com a natureza.
Pessoas que busqcam expandir seu repertório, sedesafiando a pensar e agir de um lugar mais fresco e vivo, abrindo espaço para transformações mais poderosas e reais.
Pessoas interessadas em refletir ativamente sobre nossa participação no mundo; e que tenham interesse em conhecer e praticar um modo de consciência não linear, intuitivo e focado nas relações.


CONTRIBUIÇÃO:
Temos duas possibilidades de contribuição, e algumas vagas com bolsa parcial.
CONTRIBUIÇÃO MÍNIMA:
R$ 2.100 À vista via PIX ou R$2.100 + R$210 (10% taxa) via Sympla (cartão crédito) - valor mínimo para participação, que nos permite cobrir os custos de realização do curso.
CONTRIBUIÇÃO ABUNDANTE:
R$2.600 À vista via PIX ou R$2.600 + R$260 (10% taxa) via Sympla (cartão crédito) - além de cobrir os custos de realização do curso, direciona uma parte do valor para viabilização de bolsas de estudo a interessados que não possam pagar o valor mínimo.
BOLSA PARCIAL
Temos algumas possibilidade de bolsa parcial para aqueles que não puderem cobrir os custos mínimos de participação no curso. Se este for o seu caso, entre em contato com a gente para receber mais infos ou preencha o formulário de solicitação aqui.